Laboratório de coreografismos mecatrônicos
Coreografirmos mecatrônicos é um terreno de experimentação artístico e formativo, norteado pelo desejo de explorar reflexões relativas a formação/criação(biopolíticasda coletividade), metodologias de criação, mecatrônica e composição, na direção da criação de dispositivos artísticos cênicos e/ou instalativos.
Esse projeto foi selecionado na primeira convocatória da Escola de Arte e Cultura Digital - EPACD, com o propósito de realizar um ateliê com crianças, no qual teceríamos reflexões sobre formação em arte e tecnologia, a partir do processo experienciado
No contexto da pandemia, o ateliê foi convertido em ações de reflexões em torno da formação em arte e tecnologia. Nesse sentido, foram realizados dois encontros abertos ao público com o interlocutor Eric Barbosa e o colega Paulo Loureiro.
Também foi realizada a criação de três vlodcasts e um vídeo que apresenta o projeto e alguns dos seus conceitos de base.
ALGO do PROJETO:
Apresentação
Proponho um Laboratório de investigação e invenção que tome como orientação não somente o aprendizado de ferramentas de tecnologia, senão que esse aprendizado se dê também mediado E PARA o aprendizado de elementos compositivos na criação artística - de ambientes/espaços, criaturas, máquinas abstratas, instalações. A presente proposta tem um olhar voltado não apenas para o desenvolvimento desses propósitos mencionados, mas também se debruça sobre o tateio de uma metodologia aberta que possa ser identificada em alguns contornos na direção de construir processos potencializados de formação em aspectos técnicos e estéticos como parcelas orgânicas de um mesmo todo.
Justificativa
Creio que os processos de formação relativos à tecnologia digital, no recorte da mecatrônica e robótica tem sido pouco acessível às crianças de menor poder aquisitivo. E mais, creio que esse acesso quando se dá, é muito mediado por dispositivos fechados que, em minha compreensão, impedem uma aproximação a respeito da base do funcionamento elétrico, eletrônico e mecânico das coisas, limitando, assim, o aprendizado de importantes fundamentos necessários à autonomia inventiva. Por isso, nesse Laboratório me interessa apresentar desde o funcionamento da eletricidade, sua transposição aos dados digitais, chegando ao uso de atuadores e automatização microcontrolada, podendo também manejar imagens projetadas, num processo de criação artística. Creio ser uma proposta coerente com a função que vem realizando a Vila das Artes, como uma escola pública que viabiliza o acesso a todas as classes sociais, um espaço, portanto, ideal para um proposta que tem como perspectiva política, a promoção do acesso as classes sociais desfavorecidas. Por outro lado, essa perspectiva política não abandona o rigor estético e técnico, podendo fortalecer reflexões metodológicas para Escola Pública de Arte e Cultura Digital, quanto ao ensino-aprendizado de tecnologia.
UM pouco do processo
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4 ENCONTROS DE INTERLOCUÇÃO DO PROJETO - dias 06, 13, 20, 27 de maio.
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3 LIVES COLETIVAS PELO CANAL YOUTUBE DA VILA DAS ARTES NOS DIAS 14, 20 E 27 DE MAIO
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2 DIAS DE ENCONTRO PARA DEBATE EM SALA VIRTUAL NO EVENTO CHAMADO APP - AÇÃO PRÁTICA PEDAGÓGICA - DIAS 01 E 02 DE JUNHO
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UMA SÉRIE COM 3 VÍDEOS DIVULGADA NESTE SITE COM MENÇÃO A EPACD E VILA DAS ARTES
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1 VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DO PROJETO “LABORATÓRIO DE COREOGRAFISMOS MECATRÔNICOS” DIVULGADA NO INSTAGRAM @CAROLMASSINHA COM MENÇÃO A EPACD E VILA DAS ARTES
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GRAVAÇÕES DE MATERIAIS VIDEOGRÁFICOS PARA O COLETIVO CAIXA PRETA - 8 vídeos
No processo, nos encontrávamos, Paulo Loureiro e nosso interlocutor da EPACD, Eric Barbosa. Esses momentos eram ricos em trocas e colocavam em movimento várias linhas de pensamento em torno dos temas da educação e tecnologia, arte e acessibilidade.
Com um movimento muito cuidadoso de escuta atenta, Eric abria espaços de elaboração de pensamento e disparava provocações que movimentavam nosso projeto.
Nesse contexto, emergiu o desejo de compartilhar nossas perspectivas por meio do que chamamos de APP: Ação Prática Pedagógica. Foram dois dias de encontros nos quais as pessoas que quisessem se uniam a uma sala virtual e ali estabelecíamos um espaço de conversa em torno dos temas da educação, tecnologia e acessibilidade. Dois dias muito interessantes que fizeram crescer o projeto a partir do encontro com pessoas de distintas perspectivas e oriundas de distintos terrenos de saberes: música, dança, arte na escola, etc.
Esse tipo de espaço de troca e maturação dos conceitos trabalhados nos projetos ocorreu também em lives coletivas entre todes os participantes dessa convocatória. Esses encontros se deram pelo youtube da Vila das Artes e contavam com os comentários e perguntas do público que eram geradores de interessantes elaborações.
Algumas reflexões do meu projeto estão elaboradas no formato de VLODCAST - vídeos para escutar ou pouco olhar - nos quais compartilhei conceitos que são ferramentas orientadoras no processo de planejamento e montage de um Laboratório de Arte e Tecnologia, no meu trabalho. A série deve ter continuidade, sendo esses três vlodcasts um movimento inicial dentro do prazo da convocatória que teve a duração de um mês.
Nesse sentido, a participação nessa convocatória da EPACD, significou uma dinâmica fundamental no avance do projeto, que espera as condições sócio-sanitárias necessárias para lançar sua versão prática, qual seja, um ateliê de criação em arte com mediação tecnológica.