(minha sala de aula)
Foi assim:
aprender sobre atuadores/controle/robótica de maior porte estava na minha lista autônoma de autoformação e investigação artística. Esse "conteúdo" estava incluso na estratégia de estudar na Maestria de Artes Eletrônicas - MAE, da UNTREF. Mas a maestria não me aprovou. Disse que eu era muito bonita, mas que tinha gente mais bonita ainda:
"Estimada Caroline ,
El proceso de selección ha sido muy arduo este año, debido a la gran cantidad de postulantes y a la afinidad de los mismos con el perfil al que apunta la maestría. Lamentamos comunicarle que, a pesar de sus cualidades, las cuales son pertinentes y acordes al perfil de nuestra selección, no nos ha sido posible incluirla en esta oportunidad en la Maestría en Tecnología y Estética de las Artes Electrónicas.
Sin embargo, le comunicamos que su postulación ha sido reservada en los primeros lugares de la lista de espera y que de producirse alguna vacante en los próximos días nos comunicaremos inmediatamente con usted. Asimismo le informamos que, de no liberarse una vacante hasta el 5 de abril, su plaza queda automáticamente reservada en prioridad para el ciclo 2020. En dicho caso, consultaremos oportunamente su disponibilidad e interés.
Cordialmente, COMITÉ ACADÉMICO Maestría en Tecnología y Estética de las Artes Electrónicas "
A arte tem dessas coisas: escolhe sempre o mesmo. "Narciso acha feio o que não é espelho". Hipocrisia sobre hibridação, diferença e meritocracias que motivou meu afastamento do circuito não menos pôdre de Fortaleza.
Mas, veja que sorte tive: primero encontrei a FabLab Vicente Lopez que viabilizou estudar impressora 3d, laser e router (outros "conteúdos" do meu programa autônomo de autoformação e investigação artística). Lá conheci um professor, pensei que ele poderia dar-me aulas particulares sobre o tema da automatização de maior porte. Ele não tinha tempo, mas me indicou um curso. Procurando esse curso achei essa Tecnicatura en Automatización, Control y Robótica, que hoje é Tecnicatura en Automatización y Control . Fomos, eu e Leo, ver se podia inscrever-me e fazer só algumas disciplinas, e ver preços. O plano era assim: fazer algumas disciplinas, por um preço pagável.
Refletindo depois, decidi que vou fazer e terminar esse curso técnico, o que implica desistir do mestrado no ano seguinte porque são horários coincidentes (ainda uma decisão passível de revisão, mas por hora assim configurada).
Esses tempos tem sido muito forte p'ra mim, observar-refletir-e-realizar a coerência entre o que se quer e o que se faz, entre o que se diz e o que se faz. Quando me estabeleci esse programa de estudo, pesquisa e realização artística, achei que o Mestrado em Artes Eletrônicas era uma boa estratégia. Eu chamei esse objetivo de estudo e a vida me deu o que eu queria, mas de verdade mesmo, pra valer, com a Tecnicatura. Cabe a mim decidir coerentemente.
O mestrado me cobra R$1.000,00 por mês (mesmo sendo em uma universidade pública). A tecnicatura R$85,00. O mestrado me dá tudo isso muito superficialmente. A tecnicatura, a full. O mestrado me diz "não", a tecnicatura diz "vai ser bom ter você aqui" (me disse o coordenador, também artista e mestre em Artes Eletrônicas).
A única coisa que o mestrado poderia me dar que a tecnicatura não, é um contato com o circuito. Mas isso, justamente, não tenho o menor saco por agora.
Esse tempo afastado pode recarregar minha paciência, mas por agora, onde estou, é o melhor lugar.
Feliz de ter tomado a decisão justa. De depois de tê-la tomado, não ficar remoendo. De sentir-me leve com ela.
Feliz de pensar e esperançar aprender o que quero.
Feliz de está na periferia de Buenos Aires (e não no centro do "cult-bacanismo"), de estar entre os operários e não entre a gente de micropolíticas incoerentes e escrotas.
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