Ando às voltas com essa coisa de conseguir cortar uma certa quantidade de cubinhos de papel de seda na máquina de cortar a laser.
Descobri que era possível.
Me ensinaram uma alternativa ao gravado (para desenhar as zonas de dobra do cubinho). Bem, passa que com os papéis dobrados que tenho e pela sua própria característica física de tensionamento e de leveza, ele levanta quando é cortado e a cabeça de corte, ao passar por ela, arrasta e todo o corte já está prejudicado.
Pensei em alguns métodos pra resolver isso (rabiscados no Cadernos Vermelho 3):
Fui um dia (a FabLab), levei ímãs de neodímio e presilhas (compradas no caminho) para esticar o papel.
Do ímã, desisti quando já os tinha posto sobre os papéis, esticados sobre uma prancha de MDF junto com as presilhas. Porque pensei que se algo atraísse esse ímã para a cabeça de corte (se a cabeça de corte fosse de metal ou alguma parte dentro dela) e essa tração provocasse um deslocamento com força e quebrasse algo, seria terrível. Testei aproximar o ímã da máquina, da cabeça de corte e não atraiu. Mas igual, não me senti tranquila para isso.
As presilhas... ajudam, mas não resolvem (o matenimento do papel esticado e rente uma a outra e à prancha).
Também passa que esses papéis que comprei já estavam bastante dobrados e isso não me ajuda para nada.
Assim que, eliminei os ímãs; e vou comprar papel em pacote de várias unidades (esperando não estarem dobradas).
Mas, finalmente penso que minha melhor idéia (pelo menos até o momento) foi uma que tive uns dias depois, que trabalhava com o movimento da máquina, sem acessórios adicionais. E então, organizei um arquivo no RDWorks que tem uma sequencia de movimento que realiza, primeiro um recorrido nas marcas DOT; depois corta as partes de corte, mas deixei para a terceira camada, pequenas seções sem cortar nessa camada, para que o papel não salte da prancha e atrapalhe a continuação.
Fui um outro dia testar e só havia conseguido meia horas antes de sair, descobrir como programar a máquina para que realize essa sequencia.
Então, in loco, tive de fazer o arquivo, o que me tomou quase todo o pequeno tempo que me deram em meio ao modo de trabalhar da FabLAb.
Não deu certo, o meu arquivo, mas consegui testar, num arquivo mais simples, uma outra correlação de potência e velocidade, o aumento do número de camadas, que estou com a hipótese de que se eu for com mais velocidade, poderei ir subindo a potência e quem sabe cortar mais camadas, sem queimar danosamente o papel.
P: 20%
V: 200mm/s
4 camadas de papel
Em casa, trabalhei um montão pra driblar a precariedade do programa dessa máquina laser (o RDWorks) e fiz esse arquivo, que vai para o próximo teste. O grande problema é que ele, o software 1- deforma o tracejado que desenhei no onshape (e depois me lancei no Ilustrator. Jesus! lá vou eu aprender outra coisa, em nome desses trabalhos!!) impedindo o fechamento da forma geométrica e 2- seleciona por grupos, os traços do cubo em grupos que não me convém para estabelecer as camadas da sequencia de corte.
Também levantei preço e lugar para comprar os papéis.
Esses dias as tarefas são:
1- comprar esse papel e
2- ir a FabLab, testar:
1- se funciona a determinação da sequencia de corte estabelecida no arquivo
2- se funciona essa idéia com relação ao problema de não levantar o papel
3- se, jogando com a relação potência-velocidade, consigo encontrar a melhor correlação
para cortar muitas camadas. Começando com V: 200mm/s. Ver se a máquina vai mais
que isso.
Arquivo para dois cubos de 5cm, para testar as coisas acima. São dois cubos, que é pra ver se consegue essa sequencia de corte sem levantar o papel. O link tá para o arquivo que só abre no software da máquina e a imagem é de um dos momentos em que eu tentava ver no monitor do mesmo software se ele seguia a sequência programada.
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